Não posso deixar que te leveO castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutarPara que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noiteAdormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,E talvez vá vencerO teu longo caminho.
Quero que saibasQue sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.
Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,Que a dor do silêncio
Contigo eu vençoNum beijo assim.
Não posso deixar de sentir-teNa memória das mãos
,Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-teNas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.
Quero que saibasQue sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecemEntre as sombras da rua.
Pedro Abrunhosa...
Wednesday, June 24, 2009
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